ESTADO DO CEARÁ
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
CURSO: GESTÃO CONTRA SINISTRO
Francisco Ronald Silva de Freitas
O GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA NAS
ATIVIDADES DE MERGULHO DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ
Fortaleza - Ce
2004
ESTADO DO CEARÁ
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
CURSO: GESTÃO CONTRA SINISTRO
O GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA NAS
ATIVIDADES DE MERGULHO DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ
Monografia apresentada à Disciplina de MTP III ao Curso de pós-graduação em Gestão Contra Sinistro, da Universidade Estadual do Ceará como requisito para a aprovação nesta disciplina, orientada pelo TC Heraldo Maia
Pacheco.
Fortaleza - Ce
2004
Dedico a todos os mergulhadores do Corpo de Bombeiros que se aventuram por estes caminhos submersos, colocando-se a disposição da comunidade a executar missões insalubres e cheias de dificuldades em ambientes não convencionais.
EPÍGRAFE
Um mergulhador da marinha não é um homem de combate, é um especialista em resgate, se tiver perdido
em baixo d’água ele encontra, se tiver afundado ele traz a superfície, se estiver no caminho ele tira, se tiver sorte ele morrerá jovem a 61 metros da superfície, pois isto é o mais próximo que chegará de ser um herói.
Homens de Honra - Filme
RESUMO
O Gerenciamento de Segurança nas Atividades de Mergulho do Corpo de Bombeiros como forma de minimizar os acidentes de mergulho. Busca de informações gerenciais de segurança no trabalho e nas empresas. Indicam-se as condições de trabalho para os mergulhadores do Corpo de Bombeiro, seus sentimentos para com o serviço, os acidentes e dificuldades. Faz uma abordagem histórica do processo de desenvolvimento desta atividade de mergulho no mundo, no Brasil, no Ceará e na Corporação. Descreve-se como funciona o gerenciamento da segurança durante as missões. Estabelece um modelo padrão para implantação de um gerenciamento das
atividades de mergulho no Corpo de Bombeiros.
1.INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do Trabalho
Este trabalho foi realizado através de pesquisa de campo e fundamentações teóricas. Buscou-se como laboratório de pesquisa o Núcleo de Busca e Salvamento por se apresentar como local mais apropriado para a pesquisa em questão.
Dividiu-se o trabalho em quatro etapas. A primeira o pesquisador buscou fundamentação teórica a respeito de gerenciamento de segurança no trabalho, procurando elucidar e entender como funciona nas empresas. A segunda etapa buscou-se informações históricas sobre atividade de mergulho no mundo, no Brasil e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará com intuito de buscar conhecimentos suficientes para entender o processo de formação de mergulhador nesta Corporação. A terceira fase foi dedicada a pesquisa do processo de formação do mergulhador do Ceará e como funciona a segurança para estes trabalhos submersos. Ultima fase procurou-se verificar entre os mergulhadores seu perfil, tipo de serviço que excuta, suas dificuldades e sentimentos em relação a esta especialização em sua profissão.
1.2 Contextualização
De acordo com relatos dos assírios, registrados no museu Britânico, um grupo de guerreiros, em torno de 900 a.C. mergulhavam em atividades militares e de salvamento com bexigas de animais, onde guardavam o ar para respirarem. (Bracony,1986, p. 09 )
No Brasil, os historiadores relatam que os indígenas já praticavam a pesca utilizando técnicas de mergulho. Após arpoar com seus arcos e flechas, os peixes eram perseguidos dentro da água para serem pescados. No entanto, os equipamentos de mergulho foram trazidos para o Brasil por volta de 1947, tendo o Rio de Janeiro como
porta de entrada.
Ao longo dos anos, a necessidade humana de auto-superação fez com que o homem desenvolvesse novas técnicas e equipamentos para mergulho, permitindo-o ficar submerso em águas profundas por períodos de tempos mais extensos com segurança.
Atualmente considerado um esporte, uma atividade explorada por vários tipos de pessoas (homens e mulheres) e praticada em todo o mundo, sinônimo de aventura, exploração, trabalho e pesquisa.
O Ceará possui vários adeptos desse esporte, escolas de mergulho e parques de preservação no mar, onde se desenvolvem atividades freqüentes.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMEC) possui o Núcleo de Busca e Salvamento, onde são lotados mergulhadores profissionais, formados especialmente para situações críticas de ações de resgate, desde uma simples retirada de objetos submersos em canais fluviais a resgates de cadáveres em cavernas.
A formação dos mergulhadores do Núcleo do Corpo de Bombeiros e o meio civil se distinguem em função do maior grau de dificuldade existente nas ações de busca e resgate, onde esses profissionais são expostos a situações limites de respostas positivas e pressões psicológicas e de stress.
Os treinamentos teóricos e práticos são elaborados em cima de situações de emergências1, onde os mergulhadores da corporação são expostos a situações de emergenciais, para que no momento da ocorrência, o salvamento ou a busca, saibam aplicar a melhor solução possível.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará possui uma Unidade Militar, o Núcleo de Busca e Salvamento que tem o maior poder operacional na área de mergulho na corporação, em virtude de possuir numero maior de mergulhador e equipamentos. Possui o núcleo uma subseção de atividades aquáticas na qual os mergulhadores fazem parte. Esta é responsável pela execução das atividades de mergulho na capital e de acordo com a necessidade poderá reforçar as demais guarnições de outras unidades da capital ou interior. Estes bombeiros mergulhadores são responsáveis por diversas missões subaquáticas, as quais são muitas vezes repletas de riscos a saúde do bombeiro. Esta questão do perigo se materializa em situações de emergências, no momento da execução dos serviços, quando o mergulhador, por estar em ambiente cujos fatores condicionantes 2são os piores possíveis para um mergulho seguro, é neste momento que se diferencia nossos mergulhadores, pela calma, paciência, habilidade para passar pelas adversidades e sobreviver. Este mergulhador se preparou para a missão mais difício no curso de Mergulho Autônomo da corporação. Situações perigosas são freqüentes, para isso seleciona -se não os melhores, mas os mais capacitados para este tipo de serviço em
situações muito criteriosas .
1 EMERGÊNCIA, neste caso, significa qualquer condição anormal capaz de afetar a saúde do mergulhador ou a
segurança da operação de mergulho.
2FATORES CONDICIONANTES, para o mergulho são todos os fatores que influenciam na execução do mergulho
tais como: Profundidade, temperatura, visibilidade, correntezas, etc..
Em períodos de baixa estação as ocorrências são bem simples e em numero reduzido, raras são as ocorrências que necessitam de número maior de mergulhadores de serviço. Em contra partida, períodos de férias e feriados prolongados há uma escala especial, onde se reforça em numero de mergulhadores, em razão dos índices de
ocorrências aumentarem sensivelmente. Excepcionalmente são as vezes onde se convoca todos os mergulhadores para se reunirem, isso ocorre em virtude de treinamentos, cursos ou uma grande tragédia onde seja necessário número maior de mergulhadores para executar o serviço ( Ex: ônibus fundeado em açude com várias vitimas ou a procura de avião desaparecido no mar, fatos estes verídicos). Estes mergulhadores são preparados para mergulhar em águas de rio, açude, lagoas, mar, bueiros, poço, caverna, comportas, galerias, áreas portuária, etc...
1.3. Problema de Pesquisa
Diante do exposto questiona-se: como funciona o gerenciamento da segurança nas operações de busca e salvamento realizadas pelos mergulhadores da Corporação de Bombeiros Militar do Estado do Ceará?
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
Identificar o funcionamento das operações de busca e resgate realizadas pelos mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará.
1.4.2 Objetivos específicos
• Identificar as condições de trabalho a que são submetidos os bombeiros mergulhadores;
• Descrever os sentimentos e percepções dos mergulhadores quanto à segurança do trabalho;
• Descrever como funciona o gerenciamento da segurança durante as missões de mergulho.
1.5 Justificativa
A gestão de segurança nas atividades de mergulho do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará surgiu como nosso tema de pesquisa a partir do momento em o pesquisador conheceu os dois lados que dividem o mundo do mergulho:
• o primeiro é habitado pela grande maioria das pessoas que vêem a atividade como forma de lazer, simplesmente; pessoas mergulhando para fazer novos amigos, estar em contato com a natureza, viver novas experiências e conhecer lugares diferentes;
• o segundo, ao mesmo tempo, perigoso e fascinante; os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará - CBMCE trabalham sob tensão e em condições que, muitas vezes, põem em perigo a vida dos militares envolvidos na operação. Estes homens se submetem também em mergulhos em águas turvas, em buracos de rua... Homens que descem no mar à procura de corpos e bens desaparecidos, onde os fatores condicionantes são adversos.
O interesse do pesquisador veio a partir do momento em que realizou o Curso de Mergulho Autônomo do CBMCE, no ano de 2003, momento em que passou a participar e a conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido pelos bombeiros. Teve contato com equipamentos, mergulhadores e com as condições de trabalho a que são
submetidos. Ao freqüentar o Núcleo de Busca e Salvamento, passou a conhecer o perfil dos nossos mergulhadores e constatar que, apesar de não haver regras e normas para a realização de um mergulho diferenciado, existe, no entanto, um cuidado por deveras especial com a segurança do bombeiro. O bombeiro mergulhador da Corporação é formado especificamente para essas situações, onde a segurança é fator preponderante para o cumprimento eficaz das manobras de mergulho.
Este trabalho proporcionará uma análise dos procedimentos de segurança realizados pelos mergulhadores bombeiros para o cumprimento das missões com mais eficácia e eficiência. Contribuirá para revisão e padronização dos procedimentos gerenciais de conduta e ações de segurança durante as fainas de mergulho da
Corporação. Servirá para despertar na Corporação o entusiasmo pela prática constante da segurança, não só para o mergulho, mais para toda área de atuação da Corporação.
2. REFERENCIAL TEÕRICO - UM MERGULHO NA SEGURANÇA
2.1 Gerenciamento de segurança do trabalho
A humanidade adequou –se aos novos meios de produção, foi se transformando a medida que estas necessidades, criada pela indústria emergente, revoluciona e cria novos conceitos de meios de produção.
O homem adaptou-se a exigências cada vez maiores, pois a produção artesã não supria a demanda exigida. Máquinas foram aos poucos inventadas, ao longo do tempo aprimoradas. A princípio a produtividade seria voltada para os objetivos da empresa e o homem aos poucos se tornava mera peça de uma engrenagem em
extinção, pois as máquinas grosseiras passaram a uma condição mais sofisticada.
As taxas de acidentes cresceram com o avançar tecnológico, assim como a gravidade dos mesmos. A ótica da empresa, visando aumento de produção, era priorizada e o trabalhador cada vez mais sujeito ao desconforto da insegurança do trabalho exercido. Não se visualizava ainda questões como treinamento apropriado para o trabalhador, visando profissionalização do empregado e dando-lhe conhecimento técnico teórico.
O custo de acidente não era visualizado em razão do raciocínio lógico de custo + lucro = Preço Final. Dentro desta forma de pensar o empregador procurava aumentar o lucro sem aumentar o preço final. O trabalhador era quantificado apenas pelo salário que recebia. Tudo isso por não haver legislação que protegesse o trabalhador e
ausência de uma forma mais lógica de se administrar.
O mergulho autônomo3, por sua vez é uma atividade que requer exatamente procedimentos dessa natureza, em virtude de envolver um grande suporte de equipamentos e pessoas envolvidas em operação de mergulho4. Por ser o mergulho realizado por bombeiros em ações de risco constante o cuidado com a segurança não se restringe apenas a operações diárias, assim como cuidados com equipamentos, revisão de plano de ação pelo responsável e técnicas que permitem o trabalho dentro de níveis aceitáveis. O treinamento para os bombeiros é fundamental, a revisão constante de conceitos e procedimentos é necessária para fortalecer o preparo físico e psíquico do mergulhador, tudo isso para tornar o mergulho seguro e eficiente para todos os envolvidos. Em todas os trabalhos submersos5, seja treinamento ou realidade, a vinculação com a segurança é fundamental para garantir a integridade física do bombeiro e torna-lo apto a realização de qualquer missão atinente ao trabalho do mergulhador bombeiro. Em razão de estar trabalhando em ambiente fora de seu ambiente natural, qualquer deslize com os equipamentos ou procedimentos será fatal a sua vida e comprometendo a de terceiros.
2.2.2 Regras para o mergulho seguro.
O entendimento de Cesar Corazza é definido em 10 mandamentos do mergulhar autônomo, Manual de Mergulho Autônomo - 2003.
MANDAMETOS DO MERGULHO SEGURO
1. Não mergulhe só;
2. Boas condições físicas;
3. Seja treinado para a atividade;
4. Bons equipamentos
5. Conheça a área onde vai mergulhar;
6. Sinalize o local de mergulho;
7. Planeje o mergulho;
8. Equipamento de mergulho;
9. Cuidado com subida livre;
10. Obtenha assistência médica.
------------------------------------------------------------------
3 Mergulho realizado com o próprio suprimento de ar sem contato com a superfície
4 Toda aquela que envolve trabalhos submersos e que se estende desde os procedimentos iniciais de preparação até o
final do período de observação.
5 Qualquer trabalho realizado ou conduzido por um mergulhador.
Partindo-se do princípio de que a maioria dos serviços, em média, a profundidade dos trabalhos realizados é de 10 metros. Este fator condicionante é apenas um dentre vários que dificultam ou ajudam a execução dos serviços. Raras são às vezes que o mergulho ultrapassa a profundidade de 40 metros. O problema são as condições perigosas que são constantes, condições estas previstas na CLT, as quais são praticamente as mesmas do dia a dia do bombeiro mergulhador. Consta na CLT o
seguinte: inciso VIII do subitem 2.1 .
De acordo com dados estatísticos fornecidos pelo Núcleo de Busca e Salvamento - NBS, a ocorrência de maior freqüência é o resgate de cadáver, para isso as condições de material e pessoal são favoráveis para a maioria dos trabalhos, contudo para outras a equipe não satisfazem os pré-requisitos de segurança para o mergulho seguro. Poderíamos citar os mergulhadores que se aventuram em serviços de busca de equipamentos perdidos em comportas e cavernas sem o devido prepara técnico. Aborda ainda a CLT que nos trabalhos previstos neste subitem 2.1 inciso VIII a equipe será acrescida de 1 (um) mergulhador e quando for empregado simultâneo de 2
(dois) ou mais mergulhadores na água, deverá existir, no mínimo, 1 (um) mergulhador de reserva para cada 2 (dois) submersos.
Deste ponto de vista, questiona-se a forma pela qual se organiza a equipe de mergulho no NBS, em razão de estar fora dos padrões mínimos para estas atividades ditas perigosas.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
CURSO: GESTÃO CONTRA SINISTRO
Francisco Ronald Silva de Freitas
O GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA NAS
ATIVIDADES DE MERGULHO DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ
Fortaleza - Ce
2004
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O GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA NAS
ATIVIDADES DE MERGULHO DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ
Monografia apresentada à Disciplina de MTP III ao Curso de pós-graduação em Gestão Contra Sinistro, da Universidade Estadual do Ceará como requisito para a aprovação nesta disciplina, orientada pelo TC Heraldo Maia
Pacheco.
Fortaleza - Ce
2004
Dedico a todos os mergulhadores do Corpo de Bombeiros que se aventuram por estes caminhos submersos, colocando-se a disposição da comunidade a executar missões insalubres e cheias de dificuldades em ambientes não convencionais.
EPÍGRAFE
Um mergulhador da marinha não é um homem de combate, é um especialista em resgate, se tiver perdido
em baixo d’água ele encontra, se tiver afundado ele traz a superfície, se estiver no caminho ele tira, se tiver sorte ele morrerá jovem a 61 metros da superfície, pois isto é o mais próximo que chegará de ser um herói.
Homens de Honra - Filme
RESUMO
O Gerenciamento de Segurança nas Atividades de Mergulho do Corpo de Bombeiros como forma de minimizar os acidentes de mergulho. Busca de informações gerenciais de segurança no trabalho e nas empresas. Indicam-se as condições de trabalho para os mergulhadores do Corpo de Bombeiro, seus sentimentos para com o serviço, os acidentes e dificuldades. Faz uma abordagem histórica do processo de desenvolvimento desta atividade de mergulho no mundo, no Brasil, no Ceará e na Corporação. Descreve-se como funciona o gerenciamento da segurança durante as missões. Estabelece um modelo padrão para implantação de um gerenciamento das
atividades de mergulho no Corpo de Bombeiros.
1.INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do Trabalho
Este trabalho foi realizado através de pesquisa de campo e fundamentações teóricas. Buscou-se como laboratório de pesquisa o Núcleo de Busca e Salvamento por se apresentar como local mais apropriado para a pesquisa em questão.
Dividiu-se o trabalho em quatro etapas. A primeira o pesquisador buscou fundamentação teórica a respeito de gerenciamento de segurança no trabalho, procurando elucidar e entender como funciona nas empresas. A segunda etapa buscou-se informações históricas sobre atividade de mergulho no mundo, no Brasil e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará com intuito de buscar conhecimentos suficientes para entender o processo de formação de mergulhador nesta Corporação. A terceira fase foi dedicada a pesquisa do processo de formação do mergulhador do Ceará e como funciona a segurança para estes trabalhos submersos. Ultima fase procurou-se verificar entre os mergulhadores seu perfil, tipo de serviço que excuta, suas dificuldades e sentimentos em relação a esta especialização em sua profissão.
1.2 Contextualização
De acordo com relatos dos assírios, registrados no museu Britânico, um grupo de guerreiros, em torno de 900 a.C. mergulhavam em atividades militares e de salvamento com bexigas de animais, onde guardavam o ar para respirarem. (Bracony,1986, p. 09 )
No Brasil, os historiadores relatam que os indígenas já praticavam a pesca utilizando técnicas de mergulho. Após arpoar com seus arcos e flechas, os peixes eram perseguidos dentro da água para serem pescados. No entanto, os equipamentos de mergulho foram trazidos para o Brasil por volta de 1947, tendo o Rio de Janeiro como
porta de entrada.
Ao longo dos anos, a necessidade humana de auto-superação fez com que o homem desenvolvesse novas técnicas e equipamentos para mergulho, permitindo-o ficar submerso em águas profundas por períodos de tempos mais extensos com segurança.
Atualmente considerado um esporte, uma atividade explorada por vários tipos de pessoas (homens e mulheres) e praticada em todo o mundo, sinônimo de aventura, exploração, trabalho e pesquisa.
O Ceará possui vários adeptos desse esporte, escolas de mergulho e parques de preservação no mar, onde se desenvolvem atividades freqüentes.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMEC) possui o Núcleo de Busca e Salvamento, onde são lotados mergulhadores profissionais, formados especialmente para situações críticas de ações de resgate, desde uma simples retirada de objetos submersos em canais fluviais a resgates de cadáveres em cavernas.
A formação dos mergulhadores do Núcleo do Corpo de Bombeiros e o meio civil se distinguem em função do maior grau de dificuldade existente nas ações de busca e resgate, onde esses profissionais são expostos a situações limites de respostas positivas e pressões psicológicas e de stress.
Os treinamentos teóricos e práticos são elaborados em cima de situações de emergências1, onde os mergulhadores da corporação são expostos a situações de emergenciais, para que no momento da ocorrência, o salvamento ou a busca, saibam aplicar a melhor solução possível.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará possui uma Unidade Militar, o Núcleo de Busca e Salvamento que tem o maior poder operacional na área de mergulho na corporação, em virtude de possuir numero maior de mergulhador e equipamentos. Possui o núcleo uma subseção de atividades aquáticas na qual os mergulhadores fazem parte. Esta é responsável pela execução das atividades de mergulho na capital e de acordo com a necessidade poderá reforçar as demais guarnições de outras unidades da capital ou interior. Estes bombeiros mergulhadores são responsáveis por diversas missões subaquáticas, as quais são muitas vezes repletas de riscos a saúde do bombeiro. Esta questão do perigo se materializa em situações de emergências, no momento da execução dos serviços, quando o mergulhador, por estar em ambiente cujos fatores condicionantes 2são os piores possíveis para um mergulho seguro, é neste momento que se diferencia nossos mergulhadores, pela calma, paciência, habilidade para passar pelas adversidades e sobreviver. Este mergulhador se preparou para a missão mais difício no curso de Mergulho Autônomo da corporação. Situações perigosas são freqüentes, para isso seleciona -se não os melhores, mas os mais capacitados para este tipo de serviço em
situações muito criteriosas .
1 EMERGÊNCIA, neste caso, significa qualquer condição anormal capaz de afetar a saúde do mergulhador ou a
segurança da operação de mergulho.
2FATORES CONDICIONANTES, para o mergulho são todos os fatores que influenciam na execução do mergulho
tais como: Profundidade, temperatura, visibilidade, correntezas, etc..
Em períodos de baixa estação as ocorrências são bem simples e em numero reduzido, raras são as ocorrências que necessitam de número maior de mergulhadores de serviço. Em contra partida, períodos de férias e feriados prolongados há uma escala especial, onde se reforça em numero de mergulhadores, em razão dos índices de
ocorrências aumentarem sensivelmente. Excepcionalmente são as vezes onde se convoca todos os mergulhadores para se reunirem, isso ocorre em virtude de treinamentos, cursos ou uma grande tragédia onde seja necessário número maior de mergulhadores para executar o serviço ( Ex: ônibus fundeado em açude com várias vitimas ou a procura de avião desaparecido no mar, fatos estes verídicos). Estes mergulhadores são preparados para mergulhar em águas de rio, açude, lagoas, mar, bueiros, poço, caverna, comportas, galerias, áreas portuária, etc...
1.3. Problema de Pesquisa
Diante do exposto questiona-se: como funciona o gerenciamento da segurança nas operações de busca e salvamento realizadas pelos mergulhadores da Corporação de Bombeiros Militar do Estado do Ceará?
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
Identificar o funcionamento das operações de busca e resgate realizadas pelos mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará.
1.4.2 Objetivos específicos
• Identificar as condições de trabalho a que são submetidos os bombeiros mergulhadores;
• Descrever os sentimentos e percepções dos mergulhadores quanto à segurança do trabalho;
• Descrever como funciona o gerenciamento da segurança durante as missões de mergulho.
1.5 Justificativa
A gestão de segurança nas atividades de mergulho do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará surgiu como nosso tema de pesquisa a partir do momento em o pesquisador conheceu os dois lados que dividem o mundo do mergulho:
• o primeiro é habitado pela grande maioria das pessoas que vêem a atividade como forma de lazer, simplesmente; pessoas mergulhando para fazer novos amigos, estar em contato com a natureza, viver novas experiências e conhecer lugares diferentes;
• o segundo, ao mesmo tempo, perigoso e fascinante; os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará - CBMCE trabalham sob tensão e em condições que, muitas vezes, põem em perigo a vida dos militares envolvidos na operação. Estes homens se submetem também em mergulhos em águas turvas, em buracos de rua... Homens que descem no mar à procura de corpos e bens desaparecidos, onde os fatores condicionantes são adversos.
O interesse do pesquisador veio a partir do momento em que realizou o Curso de Mergulho Autônomo do CBMCE, no ano de 2003, momento em que passou a participar e a conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido pelos bombeiros. Teve contato com equipamentos, mergulhadores e com as condições de trabalho a que são
submetidos. Ao freqüentar o Núcleo de Busca e Salvamento, passou a conhecer o perfil dos nossos mergulhadores e constatar que, apesar de não haver regras e normas para a realização de um mergulho diferenciado, existe, no entanto, um cuidado por deveras especial com a segurança do bombeiro. O bombeiro mergulhador da Corporação é formado especificamente para essas situações, onde a segurança é fator preponderante para o cumprimento eficaz das manobras de mergulho.
Este trabalho proporcionará uma análise dos procedimentos de segurança realizados pelos mergulhadores bombeiros para o cumprimento das missões com mais eficácia e eficiência. Contribuirá para revisão e padronização dos procedimentos gerenciais de conduta e ações de segurança durante as fainas de mergulho da
Corporação. Servirá para despertar na Corporação o entusiasmo pela prática constante da segurança, não só para o mergulho, mais para toda área de atuação da Corporação.
2. REFERENCIAL TEÕRICO - UM MERGULHO NA SEGURANÇA
2.1 Gerenciamento de segurança do trabalho
A humanidade adequou –se aos novos meios de produção, foi se transformando a medida que estas necessidades, criada pela indústria emergente, revoluciona e cria novos conceitos de meios de produção.
O homem adaptou-se a exigências cada vez maiores, pois a produção artesã não supria a demanda exigida. Máquinas foram aos poucos inventadas, ao longo do tempo aprimoradas. A princípio a produtividade seria voltada para os objetivos da empresa e o homem aos poucos se tornava mera peça de uma engrenagem em
extinção, pois as máquinas grosseiras passaram a uma condição mais sofisticada.
As taxas de acidentes cresceram com o avançar tecnológico, assim como a gravidade dos mesmos. A ótica da empresa, visando aumento de produção, era priorizada e o trabalhador cada vez mais sujeito ao desconforto da insegurança do trabalho exercido. Não se visualizava ainda questões como treinamento apropriado para o trabalhador, visando profissionalização do empregado e dando-lhe conhecimento técnico teórico.
O custo de acidente não era visualizado em razão do raciocínio lógico de custo + lucro = Preço Final. Dentro desta forma de pensar o empregador procurava aumentar o lucro sem aumentar o preço final. O trabalhador era quantificado apenas pelo salário que recebia. Tudo isso por não haver legislação que protegesse o trabalhador e
ausência de uma forma mais lógica de se administrar.
Teorias e medidas governamentais foram criadas e
postas em prática. Através destes procedimentos provou-se
a eficiência do investimento em segurança, desta forma
poderia se tornar atividade lucrativa e resultando com isso uma diminuição
de custos. Resultado deste investimento é um trabalhador que
não para de produzir, aproveita melhor a matéria prima
e sente-se protegido e trabalha mais.
No entendimento de Jorge Santos Reis, o serviço de segurança no trabalho da Empresa é realizado por supervisor o qual deve ser Técnico de segurança, engenheiro ou médicos do trabalho. Este profissional deverá conhecer todas as implicações decorrentes da implantação do serviço especializado em segurança e medicina do trabalho. A presença do técnico na empresa, orienta, é uma relação bem definida em razão de ser importante que o responsável saiba seu papel na empresa. Os objetivos e metas devem ser bem claros para que não prejudique sua atuação e a saúde do trabalhador.
A gerencia de segurança é um trabalho inteiramente ligado a todos setores da empresa. Dessa forma todo programa a ser desenvolvido depende fundamentalmente da colaboração dos trabalhadores de qualquer nível. A segurança no trabalho é um conjunto de recursos e técnicas aplicadas, preventiva ou corretivamente, para a
proteção do homem dos riscos de acidentes oferecidos num processo de trabalho ou realização de uma tarefa. Assim é necessário o envolvimento de todos os setores e funcionários da empresa no processo de implantação de um programa de segurança.
O gerenciamento de segurança no trabalho, para funcionar, exige que o responsável tenha conhecimento amplo do trabalho que a empresa executa, para isso é necessário um profundo estudo do ambiente visando detectar possíveis riscos ao trabalhador, com isso obter resultados satisfatórios.
2.2 Mergulhando na Segurança
2.2.1 Ponto de partida:
O mergulho é uma atividade difícil de se descrever, ela tem que ser experimentada. Não é uma fotografia ou filme que vai transmitir a sensação de estar submerso em águas que nos permite flutuar como astronautas. Isto tudo é que faz com que mergulhadores do mundo inteiro sintam-se fascinados por este mundo, contudo é cercado de várias normas de segurança as quais ao longo do aperfeiçoamento das técnicas e equipamentos foram se desenvolvendo para tornar cada vez mais seguras estas atividades.
Para compreendermos melhor a questão da segurança nas fainas de mergulhadores na Corporação Bombeiro Militar do Estado do Ceará, faz-se necessário uma abordagem de conceitos para melhor entendimento da relevância da segurança para o trabalho desenvolvido por estes homens, mergulhadores de resgate, dentro do
Corpo de Bombeiros. Utilizaremos, pois, alguns conceitos de segurança para o mergulho vistos da ótica de alguns autores e instituições.
A segurança para o mergulho é um tema estudado por vários autores e sobre ela, ao longo do tempo, diversas teorias já foram formuladas e continuam num dinamismo de mudanças vertiginosas, no entanto algumas ainda são regras básicas. Uma definição interessante é apresentada no Manual Básico Salvamento, junho de 2000, elaborado pelo Cap Albert e cadetes da Academia de Bombeiros Militar/CBM-Ce. Segundo Albert (org.), - A segurança é realizada quando lançamos mão de procedimentos, de materiais e ou equipamentos que possibilitem a permanência e realização dos trabalhos em locais de risco”.
Este conceito é formulado a partir do ponto de vista de bombeiros que vivenciam rotineiramente com situações de perigo. Este ponto de vista é fundamental para a segurança da equipe de bombeiros, vítimas e equipamentos, fator fundamental ao cumprimento das várias situações de resgate e buscas.
À mesma idéia filia-se o Maj. BM Haroldo e Cap. BM Paulo José, Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal / CBM-DF, no Manual Técnico Profissional de Salvamento, volume II (Titulo I, Capitulo I Art. 1º - Administração de Segurança).
No entendimento de Jorge Santos Reis, o serviço de segurança no trabalho da Empresa é realizado por supervisor o qual deve ser Técnico de segurança, engenheiro ou médicos do trabalho. Este profissional deverá conhecer todas as implicações decorrentes da implantação do serviço especializado em segurança e medicina do trabalho. A presença do técnico na empresa, orienta, é uma relação bem definida em razão de ser importante que o responsável saiba seu papel na empresa. Os objetivos e metas devem ser bem claros para que não prejudique sua atuação e a saúde do trabalhador.
A gerencia de segurança é um trabalho inteiramente ligado a todos setores da empresa. Dessa forma todo programa a ser desenvolvido depende fundamentalmente da colaboração dos trabalhadores de qualquer nível. A segurança no trabalho é um conjunto de recursos e técnicas aplicadas, preventiva ou corretivamente, para a
proteção do homem dos riscos de acidentes oferecidos num processo de trabalho ou realização de uma tarefa. Assim é necessário o envolvimento de todos os setores e funcionários da empresa no processo de implantação de um programa de segurança.
O gerenciamento de segurança no trabalho, para funcionar, exige que o responsável tenha conhecimento amplo do trabalho que a empresa executa, para isso é necessário um profundo estudo do ambiente visando detectar possíveis riscos ao trabalhador, com isso obter resultados satisfatórios.
2.2 Mergulhando na Segurança
2.2.1 Ponto de partida:
O mergulho é uma atividade difícil de se descrever, ela tem que ser experimentada. Não é uma fotografia ou filme que vai transmitir a sensação de estar submerso em águas que nos permite flutuar como astronautas. Isto tudo é que faz com que mergulhadores do mundo inteiro sintam-se fascinados por este mundo, contudo é cercado de várias normas de segurança as quais ao longo do aperfeiçoamento das técnicas e equipamentos foram se desenvolvendo para tornar cada vez mais seguras estas atividades.
Para compreendermos melhor a questão da segurança nas fainas de mergulhadores na Corporação Bombeiro Militar do Estado do Ceará, faz-se necessário uma abordagem de conceitos para melhor entendimento da relevância da segurança para o trabalho desenvolvido por estes homens, mergulhadores de resgate, dentro do
Corpo de Bombeiros. Utilizaremos, pois, alguns conceitos de segurança para o mergulho vistos da ótica de alguns autores e instituições.
A segurança para o mergulho é um tema estudado por vários autores e sobre ela, ao longo do tempo, diversas teorias já foram formuladas e continuam num dinamismo de mudanças vertiginosas, no entanto algumas ainda são regras básicas. Uma definição interessante é apresentada no Manual Básico Salvamento, junho de 2000, elaborado pelo Cap Albert e cadetes da Academia de Bombeiros Militar/CBM-Ce. Segundo Albert (org.), - A segurança é realizada quando lançamos mão de procedimentos, de materiais e ou equipamentos que possibilitem a permanência e realização dos trabalhos em locais de risco”.
Este conceito é formulado a partir do ponto de vista de bombeiros que vivenciam rotineiramente com situações de perigo. Este ponto de vista é fundamental para a segurança da equipe de bombeiros, vítimas e equipamentos, fator fundamental ao cumprimento das várias situações de resgate e buscas.
À mesma idéia filia-se o Maj. BM Haroldo e Cap. BM Paulo José, Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal / CBM-DF, no Manual Técnico Profissional de Salvamento, volume II (Titulo I, Capitulo I Art. 1º - Administração de Segurança).
Art.
1º - A segurança é necessária em
todas as atividades da corporação, seja em exercícios
ou em operações de resgate e salvamento.
Visa reduzir a um mínimo aceitável os riscos existentes, garantindo, em princípio, a vida do combatente e, depois, a realização das operações . § 1º O primeiro passo para se trabalhar com segurança é ter confiança em si e no material para poder realizar um trabalho com pouco risco e desenvolver a segurança para terceiros (vítimas e companheiros). Para tal, o Bombeiro deve treinar constantemente e encarar esta situação como se fosse real, atentando para o detalhe de estar sempre em forma, ou seja, livre de qualquer problema psicológico, boa forma física e possuir bons reflexos. § 2º No ato de efetuar um salvamento, o Bombeiro não pode esquecer de advertir o seu companheiro quanto a segurança e a de quem estiver a sua volta. A segurança é um fator primordial nos serviços de resgate e salvamento, do contrário, o socorrista coloca a sua própria vida em risco. § 3º Nas operações de resgate e salvamento a segurança do Bombeiro é feita de acordo com a técnica dos “seis olhos” , isto é, ele deve verificar a sua segurança, depois um segundo Bombeiro deverá fazer o mesmo e, finalmente, o responsável pela operação deverá verificar se há segurança para a sua realização. |
O mergulho autônomo3, por sua vez é uma atividade que requer exatamente procedimentos dessa natureza, em virtude de envolver um grande suporte de equipamentos e pessoas envolvidas em operação de mergulho4. Por ser o mergulho realizado por bombeiros em ações de risco constante o cuidado com a segurança não se restringe apenas a operações diárias, assim como cuidados com equipamentos, revisão de plano de ação pelo responsável e técnicas que permitem o trabalho dentro de níveis aceitáveis. O treinamento para os bombeiros é fundamental, a revisão constante de conceitos e procedimentos é necessária para fortalecer o preparo físico e psíquico do mergulhador, tudo isso para tornar o mergulho seguro e eficiente para todos os envolvidos. Em todas os trabalhos submersos5, seja treinamento ou realidade, a vinculação com a segurança é fundamental para garantir a integridade física do bombeiro e torna-lo apto a realização de qualquer missão atinente ao trabalho do mergulhador bombeiro. Em razão de estar trabalhando em ambiente fora de seu ambiente natural, qualquer deslize com os equipamentos ou procedimentos será fatal a sua vida e comprometendo a de terceiros.
2.2.2 Regras para o mergulho seguro.
O entendimento de Cesar Corazza é definido em 10 mandamentos do mergulhar autônomo, Manual de Mergulho Autônomo - 2003.
MANDAMETOS DO MERGULHO SEGURO
1. Não mergulhe só;
2. Boas condições físicas;
3. Seja treinado para a atividade;
4. Bons equipamentos
5. Conheça a área onde vai mergulhar;
6. Sinalize o local de mergulho;
7. Planeje o mergulho;
8. Equipamento de mergulho;
9. Cuidado com subida livre;
10. Obtenha assistência médica.
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3 Mergulho realizado com o próprio suprimento de ar sem contato com a superfície
4 Toda aquela que envolve trabalhos submersos e que se estende desde os procedimentos iniciais de preparação até o
final do período de observação.
5 Qualquer trabalho realizado ou conduzido por um mergulhador.
Os mandamentos do mergulho seguro servem como suporte
básico para mergulhadores sem muita experiência. Neste
caso, a segurança é apresentada de uma forma simples
e de fácil entendimento, contudo a questão do gerenciamento
da segurança fica por conta dos instrutores e mergulhadores
mais experientes. O autor comunga com a mesma idéia central
dos autores já abordados neste trabalho, em razão de
visualizar questões fundamentais no âmbito da segurança
do mergulhador antes durante e depois as fainas.
É de fundamental importância a questão dos conceitos para o entendimento do problema apresentado, pois a segurança depende diretamente de um gerenciamento eficaz. É possível tornar mais seguro os trabalhos submersos, a partir do momento que o mergulhador tiver uma cultura fortalecida em procedimentos seguros, conhecimento adequados visando o bom cumprimento das missões. Poderá defender o lema “Vidas alheias e riqueza salvar” da Corporação de uma forma mais profissional e assim estar sempre preparado para a missão de Mergulhador de Resgate .
A Consolidação das Leis de Trabalho - CLT, Atlas, 72. ed, 1987 vislumbra a questão das regras de segurança6 para o trabalho em condições Hiperbárica7, em um dos seus anexos a Norma Reguladora nº 15 (Trabalhos sob ar comprimido).
-------------------------------------------
6 Os procedimentos básicos que devem ser observados nas operações de mergulho, de forma a garantir sua execução
em perfeita segurança e assegurar a integridade física dos mergulhadores.
7 Qualquer condição em que a pressão ambiente seja maior que a atmosfera.
“2.10.21 Todos os integrantes das equipes de mergulho, especialmente os supervisores, deverão tomar as devidas precauções, relativas à segurança das operações, no tocante ao planejamento, preparação, execução e
procedimentos de emergência, conforme discriminado a seguir:” (CLT, pág. 784)
Comunga esta abordagem da CLT com a afirmação de que segurança é fator importante nas operações de mergulho, abordando de forma mais abrangente o que se refere ao gerenciamento e controle geral de todos os procedimentos de mergulho e em seus vários aspectos. Uma supervisão é condição fundamental para esse
gerenciamento, visando adequação responsável da segurança as operações. Para essa função, por ser necessário conhecimento abrangente dentro da área e de muita responsabilidade, é necessário pessoa com larga experiência nas fainas de mergulho. Para as atividades de mergulho do CBM-Ce estas normas são totalmente viáveis em razão de ser os mergulhadores bombeiros profissionais e dotados de experiência para tornar viável todos os aspectos abordados pela NR-15.
A Norma pormenoriza situações de planejamento fundamentais para a execução do mergulho seguro. Para o bombeiro parece - nos que a abordagem quanto a perigos submarinos, incluindo ralos, bombas de sucção ou local onde a diferença de pressão hidrostática possa criar uma situação de perigo para os mergulhadores, esta é uma
situação que bem se aproxima da rotina durante as missões de mergulho para o bombeiro. Há também a questão da disponibilidade e qualificação do pessoal, adequação dos equipamentos, profundidade e tipo de operação a ser realizada. Todos estes fatores contribuem para o fortalecimento do planejamento nas operações de
mergulho seja no meio civil ou militar.
Quanto à preparação a norma aborda questões tais como: Verificação dos sistemas e equipamentos, distribuição de tarefas entre os membros da equipe, procedimentos de sinalização e precauções contra possíveis perigo no loca de trabalho, (...) . Estes atos preparatórios são passos importantes para o bom desempenho inicial
do serviço a ser executado pelos mergulhadores envolvidos.
No momento da execução orienta -nos a norma que devemos observar: responsabilidade de todo o pessoal envolvido, uso correto dos equipamentos individuais, identificação e características dos locais de trabalho, limites de profundidade e tempo de fundo (...) A responsabilidade durante o serviço não se restringe apenas ao comandante ou chefe de mergulho, todos comungam com a mesma responsabilidade. Na execução os cuidados individuais devem ser priorizados e devemos utilizar a técnica dos seis olhos.
Os Procedimentos de emergência também fundamentais para finalização a contento da missão estão destacadas assim: sinalização, assistência na água e na superfície, disponibilidade de câmera de superfície ou terapêutica, primeiros socorros,(...) Nós, mergulhadores gestores de segurança, devemos não somente realizar o serviço com procedimentos de segurança durante as fainas de mergulho, como visualizarmos possíveis erros e nos preparamos para o imprevisto, trabalhando a prevenção antes, durante e depois dos trabalhos
Sem dúvida a CLT é um aliado forte na prevenção de acidentes de mergulho, combate a imprudência cometidas por mergulhadores desavisados e regulariza procedimentos que devem ser adotados por empresas que trabalhão com pessoas sob ar comprimido.
2.2.3 Equipes de mergulhos
O mergulho é uma atividade cercada de cuidados, um deles é a formação da equipe de mergulho. O Núcleo de Busca e Salvamento forma suas equipes com número reduzido de mergulhadores, consta o número de 1 supervisor de mergulho e 2 (dois) mergulhadores contrapondo-se as normas da CLT que versa o seguinte sobre o
assunto:
É de fundamental importância a questão dos conceitos para o entendimento do problema apresentado, pois a segurança depende diretamente de um gerenciamento eficaz. É possível tornar mais seguro os trabalhos submersos, a partir do momento que o mergulhador tiver uma cultura fortalecida em procedimentos seguros, conhecimento adequados visando o bom cumprimento das missões. Poderá defender o lema “Vidas alheias e riqueza salvar” da Corporação de uma forma mais profissional e assim estar sempre preparado para a missão de Mergulhador de Resgate .
A Consolidação das Leis de Trabalho - CLT, Atlas, 72. ed, 1987 vislumbra a questão das regras de segurança6 para o trabalho em condições Hiperbárica7, em um dos seus anexos a Norma Reguladora nº 15 (Trabalhos sob ar comprimido).
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6 Os procedimentos básicos que devem ser observados nas operações de mergulho, de forma a garantir sua execução
em perfeita segurança e assegurar a integridade física dos mergulhadores.
7 Qualquer condição em que a pressão ambiente seja maior que a atmosfera.
“2.10.21 Todos os integrantes das equipes de mergulho, especialmente os supervisores, deverão tomar as devidas precauções, relativas à segurança das operações, no tocante ao planejamento, preparação, execução e
procedimentos de emergência, conforme discriminado a seguir:” (CLT, pág. 784)
Comunga esta abordagem da CLT com a afirmação de que segurança é fator importante nas operações de mergulho, abordando de forma mais abrangente o que se refere ao gerenciamento e controle geral de todos os procedimentos de mergulho e em seus vários aspectos. Uma supervisão é condição fundamental para esse
gerenciamento, visando adequação responsável da segurança as operações. Para essa função, por ser necessário conhecimento abrangente dentro da área e de muita responsabilidade, é necessário pessoa com larga experiência nas fainas de mergulho. Para as atividades de mergulho do CBM-Ce estas normas são totalmente viáveis em razão de ser os mergulhadores bombeiros profissionais e dotados de experiência para tornar viável todos os aspectos abordados pela NR-15.
A Norma pormenoriza situações de planejamento fundamentais para a execução do mergulho seguro. Para o bombeiro parece - nos que a abordagem quanto a perigos submarinos, incluindo ralos, bombas de sucção ou local onde a diferença de pressão hidrostática possa criar uma situação de perigo para os mergulhadores, esta é uma
situação que bem se aproxima da rotina durante as missões de mergulho para o bombeiro. Há também a questão da disponibilidade e qualificação do pessoal, adequação dos equipamentos, profundidade e tipo de operação a ser realizada. Todos estes fatores contribuem para o fortalecimento do planejamento nas operações de
mergulho seja no meio civil ou militar.
Quanto à preparação a norma aborda questões tais como: Verificação dos sistemas e equipamentos, distribuição de tarefas entre os membros da equipe, procedimentos de sinalização e precauções contra possíveis perigo no loca de trabalho, (...) . Estes atos preparatórios são passos importantes para o bom desempenho inicial
do serviço a ser executado pelos mergulhadores envolvidos.
No momento da execução orienta -nos a norma que devemos observar: responsabilidade de todo o pessoal envolvido, uso correto dos equipamentos individuais, identificação e características dos locais de trabalho, limites de profundidade e tempo de fundo (...) A responsabilidade durante o serviço não se restringe apenas ao comandante ou chefe de mergulho, todos comungam com a mesma responsabilidade. Na execução os cuidados individuais devem ser priorizados e devemos utilizar a técnica dos seis olhos.
Os Procedimentos de emergência também fundamentais para finalização a contento da missão estão destacadas assim: sinalização, assistência na água e na superfície, disponibilidade de câmera de superfície ou terapêutica, primeiros socorros,(...) Nós, mergulhadores gestores de segurança, devemos não somente realizar o serviço com procedimentos de segurança durante as fainas de mergulho, como visualizarmos possíveis erros e nos preparamos para o imprevisto, trabalhando a prevenção antes, durante e depois dos trabalhos
Sem dúvida a CLT é um aliado forte na prevenção de acidentes de mergulho, combate a imprudência cometidas por mergulhadores desavisados e regulariza procedimentos que devem ser adotados por empresas que trabalhão com pessoas sob ar comprimido.
2.2.3 Equipes de mergulhos
O mergulho é uma atividade cercada de cuidados, um deles é a formação da equipe de mergulho. O Núcleo de Busca e Salvamento forma suas equipes com número reduzido de mergulhadores, consta o número de 1 supervisor de mergulho e 2 (dois) mergulhadores contrapondo-se as normas da CLT que versa o seguinte sobre o
assunto:
2.8.1
A equipe básica para mergulho com “ar comprimido”
até a profundidade de 50,00m (cinqüenta metros)
e na ausência das condições perigosas definidas
no inciso VIII do subitem 2.1 deverá ter a constituição
abaixo especificada, deste que esteja prevista apenas descompressão
na água: a) 1 supervisor; b) 1 mergulhador para a execução do trabalho; c) 1 mergulhador de reserva de superfície; d) 1 auxiliar de superfície. |
Partindo-se do princípio de que a maioria dos serviços, em média, a profundidade dos trabalhos realizados é de 10 metros. Este fator condicionante é apenas um dentre vários que dificultam ou ajudam a execução dos serviços. Raras são às vezes que o mergulho ultrapassa a profundidade de 40 metros. O problema são as condições perigosas que são constantes, condições estas previstas na CLT, as quais são praticamente as mesmas do dia a dia do bombeiro mergulhador. Consta na CLT o
seguinte: inciso VIII do subitem 2.1 .
VIII
- Condições perigosas: situação
em que uma operação de mergulho envolva riscos
adicionais ou condições adversas, tais como: a) uso e manuseio de explosivo; b) Trabalhos submersos de corte e solda; c) Trabalhos em mar aberto; d) Correnteza superior a 2 (dois) nós; e) Estado de mar superior a ‘mar de pequenas vagas’ (altura máxima das ondas de 2,00 m) f) Manobras de peso ou trabalhos com ferramentas que impossibilitem o controle da flutuabilidade do mergulhador; g) Trabalhos noturnos; h) Trabalhos em ambientes confinados. |
De acordo com dados estatísticos fornecidos pelo Núcleo de Busca e Salvamento - NBS, a ocorrência de maior freqüência é o resgate de cadáver, para isso as condições de material e pessoal são favoráveis para a maioria dos trabalhos, contudo para outras a equipe não satisfazem os pré-requisitos de segurança para o mergulho seguro. Poderíamos citar os mergulhadores que se aventuram em serviços de busca de equipamentos perdidos em comportas e cavernas sem o devido prepara técnico. Aborda ainda a CLT que nos trabalhos previstos neste subitem 2.1 inciso VIII a equipe será acrescida de 1 (um) mergulhador e quando for empregado simultâneo de 2
(dois) ou mais mergulhadores na água, deverá existir, no mínimo, 1 (um) mergulhador de reserva para cada 2 (dois) submersos.
Deste ponto de vista, questiona-se a forma pela qual se organiza a equipe de mergulho no NBS, em razão de estar fora dos padrões mínimos para estas atividades ditas perigosas.
2.2.4 Exames médicos
Por ser uma atividade onde se mergulha não só em águas cristalinas e limpas, é de suma importância o exame médico para o bombeio e fator fundamental para sua integridade física, pois se mergulha em qualquer local, seja no mar ou em esgotos a procura de cadáveres em estado de putrefação. Essa é a realidade deste mergulhador formado na Corporação, não se escolhe o local e hora para trabalhar, a ocasião é que diz como fazer o serviço.
Tem-se nos quadros de bombeiros vários Oficias médicos, em número de 10 (dez), em várias áreas de especialização, mas apenas um especializado em medicina Hiperbárica. Este também mergulhador, contudo não praticante das atividades de mergulho da Corporação.
A CLT em seu subitem 2.9.1. “É obrigatório a realização de exames médicos, dentro dos padrões
estabelecidos neste subitem, para o exercício da atividade de mergulho, em nível profissional.”
Nós não possuímos suporte médico especializado e câmeras Hiperbáricas para um plano de emergência de um acidente de mergulho durante um treinamento ou ocorrência. Contudo possuímos os meios necessárias para se planejar um entrosamento destes meios e fazer com que nossos mergulhadores estejam em dia
com seus exames médicos. Não podemos impedir, mais podemos evitar os males dentro de uma prevenção proativa.
2.3. UM MERGULHO NA HISTÓRIA
2.3.1 Surgimento do mergulho no Mundo
Desde a mais remota antiguidade , o homem se aventurou na exploração do mundo submarino, contando apenas com seus recursos naturais e sem qualquer equipamento, na primeira modalidade de mergulho praticada: O mergulho livre. Em cavernas pré—históricas, datando aproximadamente de 4500 ac, foram encontrados objetos de madrepérola e historiadores relatam que no ano de 2.200 a.C., o imperador Yu da China recebia seus tributos em perolas. As profundidades alcançada eram porem limitadas, não somente pela curta duração do mergulho, como pela constituição do organismo humano, incapaz de retirar do meio liquido o oxigênio indispensável para
sua sobrevivência.
Descortinava-se para o homem entretanto, nessa primeira incursões, um mundo novo e cheio de aspectos interessantes a serem explorados, com possibilidades ilimitadas. Começaram a surgir então projetos de equipamentos rudimentares visando a manter o homem por mais tempo mergulhado e leva-lo a profundidades cada vez maiores. Um dos primeiros registros a respeito é um relevo, atualmente exposto no
Museu Britânico, que mostra um grupo de guerreiros assírios, em torno do ano 900 a.C., mergulhando e trazendo consigo bexigas de animais cujo ar respiravam. Mais tarde, o historiador Heródoto nos fala de Scyllias, um mergulhador grego que, no ano 400 a.C., teria sido contratado por Xerxes, o imperador da Pérsia, para recuperar
tesouros de navios persas submersos. Concluído o trabalho, o Imperador decidiu reter Scyllias pelos segredos que passou a conhecer mas o mergulhador conseguiu escapar durante uma tempestade, cortando as amarras dos navios fundeados no porto, lançando com isso a confusão e nadando imerso por uma distancia que, segundo o
historiador, era de cerca de 9 milhas.
Alexandre, O grande, teria usado mergulhadores no cerco de Tiro, em 333 a.C e Aqristóteles descreveu a descida do próprio imperador, em uma espécie de sino, para observar o fundo do mar.
Em 375 d.C., Vegetius escreveu um livro publicado em1500, onde projetou um capacete abastecido de ar pela superfície, com o qual poderia mergulhar a pequenas profundidades. Em 1680, Giovanni Borelli projetou o ancestral do atual equipamento autônomo para mergulho.
Outros engenhos subaquáticos foram sendo inventados, como o de Lethbridge (1715), o de Klingert (1798) mas os primeiros escafandros realmente exequiveis foram os de August Siebe, na Inglaterra em 1819 e o Cabirol, na França, em 1855. Em 1860, os franceses Rouquayrol e Denayrouze prepararam uma válvula reguladora, capaz de
reduzir a elevada pressão dos compressores para a pressão ambiente do mergulhador. Em 1924, o francês Lê Prieur introduziu novos aperfeiçoamentos, como os reservatórios de ar comprimido, que somados aos criados recentemente por Jacques Yves Custeau e Emile Gagnan, constituem o equipamento autônomo de nossos dias.
Atualmente, as profundidades atingidas exigem misturas gasosas especiais e os mergulhadores de saturação permitem uma permanência quase ilimitada do homem no fundo subaquático. Recordes de profundidade da ordem dos 600 metros em câmaras de recompressão, de 280 metros em mar aberto e a permanência de semanas em laboratórios submarinos, vão sendo incorporados à realidade de nosso dias e ultrapassados constantemente por novas façanhas. Entretanto, o mergulho livre, primeiro passo do homem nessa brilhante trajetória, é ainda a modalidade adotada oficialmente para a pratica da caça submarina, esporte que vem conquistando um número crescente de aficcionados.
Retornado ao ano de 1930, lembramos que nesse ano foi atirado pelo mar em uma das praias da Califórnia um “óculos” de bambu originário do Japão e encontrado por um grupo de americanos.Ao experimenta-lo, ficaram tão maravilhados que logo o aperfeiçoaram, dando origem à moderna mascara de mergulho. Mais ou menos na
mesma época, surgiu o “ pé de pato”, lançando inicialmente por Louis de Collier e aperfeiçoado posteriormente por Owen Churchill. Para evitar que o homem, equipado com a mascara e o “pé de pato”, levantasse constantemente a cabeça para respirar, foi criado o “snorkel”, conhecido entre nós como “tubo”.
2.3.2 Mergulhadores no Brasil
No Brasil, conta os nossos historiadores, os indígenas praticavam a pesca, não só como meio de subsistência mas também como diversão, organizando inclusive competições com prêmios para os vencedores. Usavam o arco e a flecha e, após atingirem o peixe, dependendo de seu porte, iniciavam uma perseguição que continuava co um mergulho para dominar a vítima ferida. De alguma forma, podemos afirmar que eram as primeiras demonstrações da caça submarina em nosso meio.
Somente após o advento da segunda Guerra Mundial, o material de mergulho foi conhecido por nós, sendo trazido ao Brasil em 1947, por pilotos comerciais e outros brasileiros que viajavam constantemente para a Europa.
O Rio de Janeiro foi a porta de entrada desse esporte em nossa Pátria e seus introdutores foram: Paulo Lefevre, André Semamá, João José Bracony e Jean Manzon. O equipamento trazido passava de mão em mão; na época, mergulhar era um ato considerado heróico e nosso plácido Atlântico, quase como o tão falado mar “tenebroso” do tempo das grandes navegações.
Após esta fase inicial em que o mergulhador era praticado utilizando –se material excedente de guerra, o esporte começou à difundir-se, cotando ainda co um pequeno número de adeptos. Todo o material era estrangeiro e seu custo bastante elevado, o que veio a retardar o desenvolvimento da Caça Submarina, ainda recémnascida,
trazendo-lhe a fama de “Esporte de Rico”.
Apesar de tudo, com os meios de difusão, rádio, cinema, televisão e jornais dando ampla cobertura, sua popularidade crescia dia a dia, despertando o interesse de todos os brasileiros e sendo cada vez mais praticada pelos jovens dos estados litorâneos.
Com a dificuldade de aquisição do material estrangeiro começaram a aparecer os nossos tradicionais improvisadores e na Praia de Botafogo surgiu um Torneio que veio a se tornar famoso pela armas que fabricava, chamado “Pingüim” o inventor da “Coca-Cola” de tiros múltiplos.
Por ser uma atividade onde se mergulha não só em águas cristalinas e limpas, é de suma importância o exame médico para o bombeio e fator fundamental para sua integridade física, pois se mergulha em qualquer local, seja no mar ou em esgotos a procura de cadáveres em estado de putrefação. Essa é a realidade deste mergulhador formado na Corporação, não se escolhe o local e hora para trabalhar, a ocasião é que diz como fazer o serviço.
Tem-se nos quadros de bombeiros vários Oficias médicos, em número de 10 (dez), em várias áreas de especialização, mas apenas um especializado em medicina Hiperbárica. Este também mergulhador, contudo não praticante das atividades de mergulho da Corporação.
A CLT em seu subitem 2.9.1. “É obrigatório a realização de exames médicos, dentro dos padrões
estabelecidos neste subitem, para o exercício da atividade de mergulho, em nível profissional.”
Nós não possuímos suporte médico especializado e câmeras Hiperbáricas para um plano de emergência de um acidente de mergulho durante um treinamento ou ocorrência. Contudo possuímos os meios necessárias para se planejar um entrosamento destes meios e fazer com que nossos mergulhadores estejam em dia
com seus exames médicos. Não podemos impedir, mais podemos evitar os males dentro de uma prevenção proativa.
2.3. UM MERGULHO NA HISTÓRIA
2.3.1 Surgimento do mergulho no Mundo
Desde a mais remota antiguidade , o homem se aventurou na exploração do mundo submarino, contando apenas com seus recursos naturais e sem qualquer equipamento, na primeira modalidade de mergulho praticada: O mergulho livre. Em cavernas pré—históricas, datando aproximadamente de 4500 ac, foram encontrados objetos de madrepérola e historiadores relatam que no ano de 2.200 a.C., o imperador Yu da China recebia seus tributos em perolas. As profundidades alcançada eram porem limitadas, não somente pela curta duração do mergulho, como pela constituição do organismo humano, incapaz de retirar do meio liquido o oxigênio indispensável para
sua sobrevivência.
Descortinava-se para o homem entretanto, nessa primeira incursões, um mundo novo e cheio de aspectos interessantes a serem explorados, com possibilidades ilimitadas. Começaram a surgir então projetos de equipamentos rudimentares visando a manter o homem por mais tempo mergulhado e leva-lo a profundidades cada vez maiores. Um dos primeiros registros a respeito é um relevo, atualmente exposto no
Museu Britânico, que mostra um grupo de guerreiros assírios, em torno do ano 900 a.C., mergulhando e trazendo consigo bexigas de animais cujo ar respiravam. Mais tarde, o historiador Heródoto nos fala de Scyllias, um mergulhador grego que, no ano 400 a.C., teria sido contratado por Xerxes, o imperador da Pérsia, para recuperar
tesouros de navios persas submersos. Concluído o trabalho, o Imperador decidiu reter Scyllias pelos segredos que passou a conhecer mas o mergulhador conseguiu escapar durante uma tempestade, cortando as amarras dos navios fundeados no porto, lançando com isso a confusão e nadando imerso por uma distancia que, segundo o
historiador, era de cerca de 9 milhas.
Alexandre, O grande, teria usado mergulhadores no cerco de Tiro, em 333 a.C e Aqristóteles descreveu a descida do próprio imperador, em uma espécie de sino, para observar o fundo do mar.
Em 375 d.C., Vegetius escreveu um livro publicado em1500, onde projetou um capacete abastecido de ar pela superfície, com o qual poderia mergulhar a pequenas profundidades. Em 1680, Giovanni Borelli projetou o ancestral do atual equipamento autônomo para mergulho.
Outros engenhos subaquáticos foram sendo inventados, como o de Lethbridge (1715), o de Klingert (1798) mas os primeiros escafandros realmente exequiveis foram os de August Siebe, na Inglaterra em 1819 e o Cabirol, na França, em 1855. Em 1860, os franceses Rouquayrol e Denayrouze prepararam uma válvula reguladora, capaz de
reduzir a elevada pressão dos compressores para a pressão ambiente do mergulhador. Em 1924, o francês Lê Prieur introduziu novos aperfeiçoamentos, como os reservatórios de ar comprimido, que somados aos criados recentemente por Jacques Yves Custeau e Emile Gagnan, constituem o equipamento autônomo de nossos dias.
Atualmente, as profundidades atingidas exigem misturas gasosas especiais e os mergulhadores de saturação permitem uma permanência quase ilimitada do homem no fundo subaquático. Recordes de profundidade da ordem dos 600 metros em câmaras de recompressão, de 280 metros em mar aberto e a permanência de semanas em laboratórios submarinos, vão sendo incorporados à realidade de nosso dias e ultrapassados constantemente por novas façanhas. Entretanto, o mergulho livre, primeiro passo do homem nessa brilhante trajetória, é ainda a modalidade adotada oficialmente para a pratica da caça submarina, esporte que vem conquistando um número crescente de aficcionados.
Retornado ao ano de 1930, lembramos que nesse ano foi atirado pelo mar em uma das praias da Califórnia um “óculos” de bambu originário do Japão e encontrado por um grupo de americanos.Ao experimenta-lo, ficaram tão maravilhados que logo o aperfeiçoaram, dando origem à moderna mascara de mergulho. Mais ou menos na
mesma época, surgiu o “ pé de pato”, lançando inicialmente por Louis de Collier e aperfeiçoado posteriormente por Owen Churchill. Para evitar que o homem, equipado com a mascara e o “pé de pato”, levantasse constantemente a cabeça para respirar, foi criado o “snorkel”, conhecido entre nós como “tubo”.
2.3.2 Mergulhadores no Brasil
No Brasil, conta os nossos historiadores, os indígenas praticavam a pesca, não só como meio de subsistência mas também como diversão, organizando inclusive competições com prêmios para os vencedores. Usavam o arco e a flecha e, após atingirem o peixe, dependendo de seu porte, iniciavam uma perseguição que continuava co um mergulho para dominar a vítima ferida. De alguma forma, podemos afirmar que eram as primeiras demonstrações da caça submarina em nosso meio.
Somente após o advento da segunda Guerra Mundial, o material de mergulho foi conhecido por nós, sendo trazido ao Brasil em 1947, por pilotos comerciais e outros brasileiros que viajavam constantemente para a Europa.
O Rio de Janeiro foi a porta de entrada desse esporte em nossa Pátria e seus introdutores foram: Paulo Lefevre, André Semamá, João José Bracony e Jean Manzon. O equipamento trazido passava de mão em mão; na época, mergulhar era um ato considerado heróico e nosso plácido Atlântico, quase como o tão falado mar “tenebroso” do tempo das grandes navegações.
Após esta fase inicial em que o mergulhador era praticado utilizando –se material excedente de guerra, o esporte começou à difundir-se, cotando ainda co um pequeno número de adeptos. Todo o material era estrangeiro e seu custo bastante elevado, o que veio a retardar o desenvolvimento da Caça Submarina, ainda recémnascida,
trazendo-lhe a fama de “Esporte de Rico”.
Apesar de tudo, com os meios de difusão, rádio, cinema, televisão e jornais dando ampla cobertura, sua popularidade crescia dia a dia, despertando o interesse de todos os brasileiros e sendo cada vez mais praticada pelos jovens dos estados litorâneos.
Com a dificuldade de aquisição do material estrangeiro começaram a aparecer os nossos tradicionais improvisadores e na Praia de Botafogo surgiu um Torneio que veio a se tornar famoso pela armas que fabricava, chamado “Pingüim” o inventor da “Coca-Cola” de tiros múltiplos.
Paralelamente surgiram várias indústrias
especializadas no fabrico de todo o material esportivo, entre elas
destacamos a pioneira “ORCA” (Indústria de Equipamento
de Caça Submarina e mais tarde a COBRA-SUB). Mais recentemente
surgiram inúmeras outras empresas fabricantes de Equipamentos
de Mergulho como a AIR-SUB, TA-SUB, a MORMAII e muitas outras que
dotaram nosso país de uma diversidade de equipamentos satisfatória.
À partir de 1973 começaram a surgir no Brasil as ESCOLAS DE FORMÇÃO DE MERGULHADORES, primeiro ensinando “Mergulho Livre e Caça Submarina” e em seguida evoluindo até o ensino do “mergulho com Ar Comprimido”. A primeira Escola de Mergulho a funcionar foi ano Rio de Janeiro, a “CCS” do Club de Caça Submarina, hoje intitulado CBD- CLUBE BARRACUDA DE DESPOTOS, alteração de nome que fez em virtude da evolução do clube que passou a praticar outras formas de atividade subaquáticas ( Foto-Sub, Orientação, Natação Equipada, ect). O CBD continua ensinando o mergulho, formando mergulhadores de ótimo nível.
Hoje, no Brasil, o mergulhador é reconhecido apenas se possui um BREVE DE MERGULHADOR e esse somente é obtido através das Escolas reconhecidas pela CBPDS-CMAS ( Confederation Mondial dês Activités Subaquatiques).
2.2.3 Ceará e seus mergulhadores
A atividade de mergulho no Ceará é bastante recente e se confunde com as manobras de mergulho do Corpo de Bombeiros. Não era comum as incursões nas águas com equipamentos para o mergulho Livre ( Mergulho sem equipamentos com ar comprimido), muito menos autônomo. Apesar de termos um parque aquático muito
propício ao mergulho, a atividade só veio a se desenvolver a parti do momento que surgiram escolas de mergulho. O Corpo de Bombeiros contribuiu fortemente para este desenvolvimento, formando nas primeiras turmas de mergulhadores bombeiros e entre os militares estudantes que hoje possuem Escolas de mergulho.
A partir deste momento da difusão de conhecimento, ainda não havia normalização para um mergulho seguro, contudo os mergulhadores já davam seus primeiros passos a se aventurar em mergulhos para a caça sub marina. O
desconhecimento os levou, muitas vezes a morte pelo apagamento e outras doenças até então desconhecidas para eles. Ao surgir os compressores de ar comprimidos a pesca recebeu um novo aliado que durante muito tempo foi motivo de muitos nordestinos morrerem. Hoje, apesar da difusão de informações, ainda nos deparamos
com situações preocupantes como o caso de mergulhadores civis utilizando-se cilindros de Gás natural para utilizar como fonte de ar.
2.2.4 Corpo de Bombeiros e trabalhos submersos
Nossos bombeiros, num passado bem próximo, quando de serviço, muitas vezes eram surpreendidos com situações envolvendo trabalhos submersos. Em 1965 o Coronel da reserva José Ronald de Brito ao observar que pequeno número de bombeiros estava preparado para essa missão, criou o Pelotão de Salvamento, selecionando aqueles que possuíam afinidade com a atividade. Com o passar do tempo este pelotão deu origem a Subseção de Busca e Salvamento em 1982 quando se construiu as instalações e equipou-se esta subseção com equipamentos mais adequados para os serviços aquáticos.
Os primeiros bombeiros mergulhadores da Corporação realizaram cursos em outros órgãos visando preparar posteriormente os demais bombeiros cearenses para trabalhos submersos. A marinha foi um referencial por ser o órgão que dominava técnicas e equipamentos adequados neste período. Após a Marinha buscou-se outras unidades da federação que se apresentavam como referência na atividade.
As primeiras turmas do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará foram formadas por estes bombeiros pioneiros que repassaram os conhecimentos fundamentais para o mergulho, através de cursos na instituição, viabilizaram assim que os bombeiros Sapadores( denominação anterior aos Bombeiros Militares) realizassem com maior
eficiência e eficácias os trabalhos submersos que até então feitos empiricamente.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará hoje possui mergulhadores no Núcleo de Busca e Salvamento, diariamente escalados. Equipes de sobreaviso constituídas por três militares (mergulhadores), semanalmente se revezam para uma eventual ocorrência na área de mergulho. Esses mergulhadores são formados especialmente para situações críticas de ações de resgate, envolvendo, desde uma simples retirada de objetos submersos em canais fluviais a resgate de cadáveres em cavernas. Durante o curso de formação recebem fundamentos teóricos e práticos de mergulho.
2.4 MERGULHADOR BOMBEIRO
2.4.1 Formação
O mergulhador de resgate do Corpo de Bombeiros é formado dentro de critérios bem diferenciados visando o emprego do mergulhador nas mais diversas missões.
A diferenciação entre os cursos realizados no Corpo de Bombeiros e os do meio civil se verifica em razão do maior grau de dificuldade existente nos cursos militares que, além das dificuldades naturais, submetem os discentes a situações limites de respostas positivas a pressões psicológicas e de stress. Cada prova funciona como filtro que selecionam não os melhores mais os mais preparados para esse tipo de serviço.
Os treinamentos simulam situações de emergências para o bom condicionamento técnico, visando o trabalho diário de busca e resgate. As ocorrências envolvem situações de elevado risco que comprometem a vida do mergulhador e, para isso, existem regras de segurança a serem seguidas pelas equipes de mergulho as
quais são repassadas exaustivamente.
O currículo é formulado dentro das seguintes disciplinas: Fisiologia do mergulho, Física aplicada ao mergulho, Acidentes, Primeiros socorros, Equipamentos, Técnicas de mergulho e Especialidades Técnicas. Tudo isso auxiliado por um excepcional preparo físico. Acrescenta -se ainda manobras utilizando aeronaves (helicóptero), embarcações, técnicas de Salvamento Aquático, Visitas à clínica que trabalham com câmara hiberbáricas e Curso de Arrais Amador na Capitania dos Portos. Este nos habilita a manobrar embarcações em águas restritas (açudes, lagoas, rios e portos) facilitando e permitindo-nos trabalhar dentro da lei.
O Curso de Mergulho Autônomo - CMAUT é reconhecido através do ALVARÁ que versa o seguinte em seu texto: “O presidente da Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos - CBPDS, com base no Artigo 5º, Letra J do Estatuto da Entidade e, na Constituição da República Federativa do Brasil, Artigo 217, I, Reconhece
a(o): CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO CEARÁ como curso de mergulho livre e Autônomo cadastrado na Confederação, o que lhe outorga o direito de requerer no EXERCÍCIO DO ano em curso o brevet de mergulhador para seus alunos formados pelo método CBPDS/CMAS”. O alvará é renovado anualmente através de requerimento
a CBPDS.
À partir de 1973 começaram a surgir no Brasil as ESCOLAS DE FORMÇÃO DE MERGULHADORES, primeiro ensinando “Mergulho Livre e Caça Submarina” e em seguida evoluindo até o ensino do “mergulho com Ar Comprimido”. A primeira Escola de Mergulho a funcionar foi ano Rio de Janeiro, a “CCS” do Club de Caça Submarina, hoje intitulado CBD- CLUBE BARRACUDA DE DESPOTOS, alteração de nome que fez em virtude da evolução do clube que passou a praticar outras formas de atividade subaquáticas ( Foto-Sub, Orientação, Natação Equipada, ect). O CBD continua ensinando o mergulho, formando mergulhadores de ótimo nível.
Hoje, no Brasil, o mergulhador é reconhecido apenas se possui um BREVE DE MERGULHADOR e esse somente é obtido através das Escolas reconhecidas pela CBPDS-CMAS ( Confederation Mondial dês Activités Subaquatiques).
2.2.3 Ceará e seus mergulhadores
A atividade de mergulho no Ceará é bastante recente e se confunde com as manobras de mergulho do Corpo de Bombeiros. Não era comum as incursões nas águas com equipamentos para o mergulho Livre ( Mergulho sem equipamentos com ar comprimido), muito menos autônomo. Apesar de termos um parque aquático muito
propício ao mergulho, a atividade só veio a se desenvolver a parti do momento que surgiram escolas de mergulho. O Corpo de Bombeiros contribuiu fortemente para este desenvolvimento, formando nas primeiras turmas de mergulhadores bombeiros e entre os militares estudantes que hoje possuem Escolas de mergulho.
A partir deste momento da difusão de conhecimento, ainda não havia normalização para um mergulho seguro, contudo os mergulhadores já davam seus primeiros passos a se aventurar em mergulhos para a caça sub marina. O
desconhecimento os levou, muitas vezes a morte pelo apagamento e outras doenças até então desconhecidas para eles. Ao surgir os compressores de ar comprimidos a pesca recebeu um novo aliado que durante muito tempo foi motivo de muitos nordestinos morrerem. Hoje, apesar da difusão de informações, ainda nos deparamos
com situações preocupantes como o caso de mergulhadores civis utilizando-se cilindros de Gás natural para utilizar como fonte de ar.
2.2.4 Corpo de Bombeiros e trabalhos submersos
Nossos bombeiros, num passado bem próximo, quando de serviço, muitas vezes eram surpreendidos com situações envolvendo trabalhos submersos. Em 1965 o Coronel da reserva José Ronald de Brito ao observar que pequeno número de bombeiros estava preparado para essa missão, criou o Pelotão de Salvamento, selecionando aqueles que possuíam afinidade com a atividade. Com o passar do tempo este pelotão deu origem a Subseção de Busca e Salvamento em 1982 quando se construiu as instalações e equipou-se esta subseção com equipamentos mais adequados para os serviços aquáticos.
Os primeiros bombeiros mergulhadores da Corporação realizaram cursos em outros órgãos visando preparar posteriormente os demais bombeiros cearenses para trabalhos submersos. A marinha foi um referencial por ser o órgão que dominava técnicas e equipamentos adequados neste período. Após a Marinha buscou-se outras unidades da federação que se apresentavam como referência na atividade.
As primeiras turmas do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará foram formadas por estes bombeiros pioneiros que repassaram os conhecimentos fundamentais para o mergulho, através de cursos na instituição, viabilizaram assim que os bombeiros Sapadores( denominação anterior aos Bombeiros Militares) realizassem com maior
eficiência e eficácias os trabalhos submersos que até então feitos empiricamente.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará hoje possui mergulhadores no Núcleo de Busca e Salvamento, diariamente escalados. Equipes de sobreaviso constituídas por três militares (mergulhadores), semanalmente se revezam para uma eventual ocorrência na área de mergulho. Esses mergulhadores são formados especialmente para situações críticas de ações de resgate, envolvendo, desde uma simples retirada de objetos submersos em canais fluviais a resgate de cadáveres em cavernas. Durante o curso de formação recebem fundamentos teóricos e práticos de mergulho.
2.4 MERGULHADOR BOMBEIRO
2.4.1 Formação
O mergulhador de resgate do Corpo de Bombeiros é formado dentro de critérios bem diferenciados visando o emprego do mergulhador nas mais diversas missões.
A diferenciação entre os cursos realizados no Corpo de Bombeiros e os do meio civil se verifica em razão do maior grau de dificuldade existente nos cursos militares que, além das dificuldades naturais, submetem os discentes a situações limites de respostas positivas a pressões psicológicas e de stress. Cada prova funciona como filtro que selecionam não os melhores mais os mais preparados para esse tipo de serviço.
Os treinamentos simulam situações de emergências para o bom condicionamento técnico, visando o trabalho diário de busca e resgate. As ocorrências envolvem situações de elevado risco que comprometem a vida do mergulhador e, para isso, existem regras de segurança a serem seguidas pelas equipes de mergulho as
quais são repassadas exaustivamente.
O currículo é formulado dentro das seguintes disciplinas: Fisiologia do mergulho, Física aplicada ao mergulho, Acidentes, Primeiros socorros, Equipamentos, Técnicas de mergulho e Especialidades Técnicas. Tudo isso auxiliado por um excepcional preparo físico. Acrescenta -se ainda manobras utilizando aeronaves (helicóptero), embarcações, técnicas de Salvamento Aquático, Visitas à clínica que trabalham com câmara hiberbáricas e Curso de Arrais Amador na Capitania dos Portos. Este nos habilita a manobrar embarcações em águas restritas (açudes, lagoas, rios e portos) facilitando e permitindo-nos trabalhar dentro da lei.
O Curso de Mergulho Autônomo - CMAUT é reconhecido através do ALVARÁ que versa o seguinte em seu texto: “O presidente da Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos - CBPDS, com base no Artigo 5º, Letra J do Estatuto da Entidade e, na Constituição da República Federativa do Brasil, Artigo 217, I, Reconhece
a(o): CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO CEARÁ como curso de mergulho livre e Autônomo cadastrado na Confederação, o que lhe outorga o direito de requerer no EXERCÍCIO DO ano em curso o brevet de mergulhador para seus alunos formados pelo método CBPDS/CMAS”. O alvará é renovado anualmente através de requerimento
a CBPDS.
2.4.2 Tipo de serviços executados
A formação destinada aos mergulhadores da corporação de bombeiros do ceará nos permite estar apto a realização de trabalhos submersos em situações normais de mergulho e geralmente em situações desfavoráveis para o mergulho seguro.
Com maior freqüência o resgate e busca de cadáveres são situações de rotina. Não se mergulha apenas em mar ou açudes e rios, estão freqüentemente mergulhando em canais, esgotos e poços. Em períodos de inverno a busca de cadáveres em bueiros é aumentada em razão destes estarem freqüentemente abertos e assim pessoas, principalmente as crianças, caírem em bueiros. A busca é realizada por equipes de salvamento e algumas vezes por mergulhadores dependendo da necessidade. Neste mesmo período os rios que transbordam inundando alguns trechos habitados, desavisados se afogam passando a ser mais um na estatística de desaparecidos para serem resgatados pelos mergulhadores. As ocorrências menos comuns de resgate de cadáver são as realizadas em naufrágio de embarcações.
2.5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Após análise dos resultados obtidos chegou-se aos seguintes resultados:
Verificou-se que os mergulhadores da Subseção do Núcleo de Busca e Salvamento não se sentem valorizados, acham-se impotentes por não terem oportunidade de realizarem cursos de especialização. Apesar de serem reconhecidos profissionalmente na função e ao mesmo tempo desvalorizados, sentem-se realizados por pertencerem ao grupo seleto de mergulhadores e por tudo isso ainda satisfeitos.
A segurança, na ótica dos mergulhadores, durante as fainas de mergulho, mesmo as mais simples, são necessários todos os cuidados. São militares que procuram observar os requisitos adequados para o cumprimento da missão, pois acreditam que uma ocorrência não é sempre igual a outra. Existe unanimidade em se afirmar que procedimentos padronizados são necessários e há preocupação em manter padronizadas as ações durante as ocorrências.
Com relação ao material de mergulho a disposição é de entendimento que seja necessário investimento em qualidade e quantidade, apesar do existente suprir as necessidades atuais. Por este fato, em algumas situações, são obrigados a improvisar. A manutenção apresenta-se como fator positivo, mantendo-se dentro dos padrões satisfatórios de manutenção.
Os gestores ou responsáveis pelo mergulho, com relação ao gerenciamento das ocorrências e demais funções que lhe compete, identificou-se que sempre observam antes, durante e depois das fainas a observância da segurança. Contudo se enfraquecem ao conciliar técnica e prática de mergulho. Esse fator negativo é equilibrado quando procura o entendimento com o grupo avaliando a área, o poder operacional, as sugestões e experiência dos mergulhadores envolvidos nas operações.
O ideal para os mergulhadores, segundo a pesquisa, seria um gestor mergulhador experiente e não um superior hierárquico.
As ocorrências estão centradas na maior incidência de resgate de cadáver e com menor freqüência a busca de materiais submersos O mergulhador tem sofrido mais com acidentes relacionados a barotrauma e doenças de pele. Parte dos mergulhadores acha o mergulho executado pelo bombeiro, sob aspecto de segurança, um trabalho
dentro dos padrões, mais a maioria define como arriscado.
Apesar dos cursos serem considerados como de elevado nível e satisfatório, nota-se a carência de realização de treinamentos para capacitação e troca de experiências entre os mesmos. A incidência de falha de conduta para o mergulho seguro é pequena, contudo nota-se falta de empenho maior na fiscalização para
minimizar algumas falhas.
Nossos mergulhadores, a maioria, são largamente experientes, há necessidade apenas de unir esta experiência dos que tem mais vivencia operacional aos conhecimentos técnicos científicos dos menos providos de horas de mergulho.
3. CONCLUSÃO
O desenvolvimento histórico do mergulho no mundo nos revela os desafios enfrentados por mergulhadores até chegarmos aos equipamentos e técnicas existentes hoje. O Brasil já possuía seus mergulhadores audazes, representados pelos indígenas. Hoje possuímos condições técnicas suficientes utilizadas por militares e civis para os mais diversos objetivos. O Ceará inverte no mergulho voltado para o turismo e o Corpo de Bombeiros aos poucos torna-se referência na atividade de resgate .
Os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará - CBMCE trabalham sempre preocupados com a segurança, em razão das condições que, muitas vezes, põem em perigo a vida dos militares envolvidos em operações. Estes homens se submetem a mergulhos em águas turvas, buracos de rua, descem no mar à procura de corpos e bens desaparecidos, onde os fatores condicionantes são adversos.
Medidas governamentais criadas para regular e disciplinar o trabalho insalubre nas atividades hiperbárica podem ser postas em prática. Através destes procedimentos a Corporação contribuirá na eficiência da segurança, podendo assim tornar atividade segura e com resultados positivos na diminuição de acidentes. O resultado deste
investimento é um mergulhador satisfeito, protegido e trabalhando com mais confiança.
Para o Núcleo de Busca e Salvamento gerenciar os trabalhos submersos, todos os setores devem funcionar interligados e colaborarem mutuamente para obtenção de resultados positivos. O emprego de um conjunto de técnicas e recursos preventivos ou corretivos, em todos os níveis, é fundamental para a proteção do homem e seus equipamentos dos riscos de acidentes durante a realização de um trabalho de mergulho ou treinamento. Deve o Núcleo definir pessoas com conhecimento amplo na área de mergulho e de segurança, pois é fundamental para o funcionamento gerencial neste trabalho, para isso é necessário um estudo do ambiente detectando possíveis riscos ao mergulhador, para obter resultados satisfatórios.
Obtem-se a segurança quando lançamos mão de procedimentos, de materiais e ou equipamentos que possibilitam a permanência e realização dos trabalhos em locais de risco. Não obstante a necessidade de uma supervisão de bombeiros experientes e capacitados, visando adequação responsável da segurança nas operações. O Núcleo
de Busca e Salvamento possui material e pessoas capacitadas para concretizar a gestão desta segurança através de Normas e Regulamentações existente.
Os resultados obtidos, após investigação entre os mergulhadores, leva ao entendimento que o mergulhador bombeiro sente-se reconhecido e satisfeito com a missão, contudo desvalorizado. Espera dos gestores maior empenho em valorizar este trabalho insalubre reconhecido pela Legislação trabalhista – Norma Reguladora nº 15.
Deve –se buscar sempre a perfeição, mesmo em situações adversas e ambiente de recursos restritos, pois o homem não é mera peça de reposição de uma engrenagem do sistema chamado mergulho.
Finalmente, conclui-se que a Corporação Bombeiro Militar do Estado do Ceará realiza um trabalho de fundamental importância para a sociedade e vem melhorando o serviço prestado com inovações. Por todo isso que se deve rever os treinamentos, equipamentos e procedimentos para o gerenciamento eficaz e eficiente deste trabalho.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRACONY, Eduardo Paim. Manual do Mergulhador – Volume I, 1986. ed. EDIMIG
ALBERT, E. Manual Básico de Salvamento. Fortaleza-ce,1998
JÚNIOR, Haroldo Machado e SOUZA, Paulo José Barbosa. Manual Técnico
Profissional de Salvamento - Volume II, Distrito Federal. Brasília - DF, 1998.
CAMPANHOLE, Hilton Lobo. Consolidação das Leis do Trabalho. CLT NR-15. 72 ed. 1987.
NIETO, Cesar Corazza. Manual de Mergulho Autônomo. 2º ed.São Paulo: Copy Service Indústria Gráfica Ltda.
FUNDACENTRO, Curso de Supervisores de segurança do trabalho. 2º ed. 1983,
São Paulo:
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A formação destinada aos mergulhadores da corporação de bombeiros do ceará nos permite estar apto a realização de trabalhos submersos em situações normais de mergulho e geralmente em situações desfavoráveis para o mergulho seguro.
Com maior freqüência o resgate e busca de cadáveres são situações de rotina. Não se mergulha apenas em mar ou açudes e rios, estão freqüentemente mergulhando em canais, esgotos e poços. Em períodos de inverno a busca de cadáveres em bueiros é aumentada em razão destes estarem freqüentemente abertos e assim pessoas, principalmente as crianças, caírem em bueiros. A busca é realizada por equipes de salvamento e algumas vezes por mergulhadores dependendo da necessidade. Neste mesmo período os rios que transbordam inundando alguns trechos habitados, desavisados se afogam passando a ser mais um na estatística de desaparecidos para serem resgatados pelos mergulhadores. As ocorrências menos comuns de resgate de cadáver são as realizadas em naufrágio de embarcações.
2.5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Após análise dos resultados obtidos chegou-se aos seguintes resultados:
Verificou-se que os mergulhadores da Subseção do Núcleo de Busca e Salvamento não se sentem valorizados, acham-se impotentes por não terem oportunidade de realizarem cursos de especialização. Apesar de serem reconhecidos profissionalmente na função e ao mesmo tempo desvalorizados, sentem-se realizados por pertencerem ao grupo seleto de mergulhadores e por tudo isso ainda satisfeitos.
A segurança, na ótica dos mergulhadores, durante as fainas de mergulho, mesmo as mais simples, são necessários todos os cuidados. São militares que procuram observar os requisitos adequados para o cumprimento da missão, pois acreditam que uma ocorrência não é sempre igual a outra. Existe unanimidade em se afirmar que procedimentos padronizados são necessários e há preocupação em manter padronizadas as ações durante as ocorrências.
Com relação ao material de mergulho a disposição é de entendimento que seja necessário investimento em qualidade e quantidade, apesar do existente suprir as necessidades atuais. Por este fato, em algumas situações, são obrigados a improvisar. A manutenção apresenta-se como fator positivo, mantendo-se dentro dos padrões satisfatórios de manutenção.
Os gestores ou responsáveis pelo mergulho, com relação ao gerenciamento das ocorrências e demais funções que lhe compete, identificou-se que sempre observam antes, durante e depois das fainas a observância da segurança. Contudo se enfraquecem ao conciliar técnica e prática de mergulho. Esse fator negativo é equilibrado quando procura o entendimento com o grupo avaliando a área, o poder operacional, as sugestões e experiência dos mergulhadores envolvidos nas operações.
O ideal para os mergulhadores, segundo a pesquisa, seria um gestor mergulhador experiente e não um superior hierárquico.
As ocorrências estão centradas na maior incidência de resgate de cadáver e com menor freqüência a busca de materiais submersos O mergulhador tem sofrido mais com acidentes relacionados a barotrauma e doenças de pele. Parte dos mergulhadores acha o mergulho executado pelo bombeiro, sob aspecto de segurança, um trabalho
dentro dos padrões, mais a maioria define como arriscado.
Apesar dos cursos serem considerados como de elevado nível e satisfatório, nota-se a carência de realização de treinamentos para capacitação e troca de experiências entre os mesmos. A incidência de falha de conduta para o mergulho seguro é pequena, contudo nota-se falta de empenho maior na fiscalização para
minimizar algumas falhas.
Nossos mergulhadores, a maioria, são largamente experientes, há necessidade apenas de unir esta experiência dos que tem mais vivencia operacional aos conhecimentos técnicos científicos dos menos providos de horas de mergulho.
3. CONCLUSÃO
O desenvolvimento histórico do mergulho no mundo nos revela os desafios enfrentados por mergulhadores até chegarmos aos equipamentos e técnicas existentes hoje. O Brasil já possuía seus mergulhadores audazes, representados pelos indígenas. Hoje possuímos condições técnicas suficientes utilizadas por militares e civis para os mais diversos objetivos. O Ceará inverte no mergulho voltado para o turismo e o Corpo de Bombeiros aos poucos torna-se referência na atividade de resgate .
Os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará - CBMCE trabalham sempre preocupados com a segurança, em razão das condições que, muitas vezes, põem em perigo a vida dos militares envolvidos em operações. Estes homens se submetem a mergulhos em águas turvas, buracos de rua, descem no mar à procura de corpos e bens desaparecidos, onde os fatores condicionantes são adversos.
Medidas governamentais criadas para regular e disciplinar o trabalho insalubre nas atividades hiperbárica podem ser postas em prática. Através destes procedimentos a Corporação contribuirá na eficiência da segurança, podendo assim tornar atividade segura e com resultados positivos na diminuição de acidentes. O resultado deste
investimento é um mergulhador satisfeito, protegido e trabalhando com mais confiança.
Para o Núcleo de Busca e Salvamento gerenciar os trabalhos submersos, todos os setores devem funcionar interligados e colaborarem mutuamente para obtenção de resultados positivos. O emprego de um conjunto de técnicas e recursos preventivos ou corretivos, em todos os níveis, é fundamental para a proteção do homem e seus equipamentos dos riscos de acidentes durante a realização de um trabalho de mergulho ou treinamento. Deve o Núcleo definir pessoas com conhecimento amplo na área de mergulho e de segurança, pois é fundamental para o funcionamento gerencial neste trabalho, para isso é necessário um estudo do ambiente detectando possíveis riscos ao mergulhador, para obter resultados satisfatórios.
Obtem-se a segurança quando lançamos mão de procedimentos, de materiais e ou equipamentos que possibilitam a permanência e realização dos trabalhos em locais de risco. Não obstante a necessidade de uma supervisão de bombeiros experientes e capacitados, visando adequação responsável da segurança nas operações. O Núcleo
de Busca e Salvamento possui material e pessoas capacitadas para concretizar a gestão desta segurança através de Normas e Regulamentações existente.
Os resultados obtidos, após investigação entre os mergulhadores, leva ao entendimento que o mergulhador bombeiro sente-se reconhecido e satisfeito com a missão, contudo desvalorizado. Espera dos gestores maior empenho em valorizar este trabalho insalubre reconhecido pela Legislação trabalhista – Norma Reguladora nº 15.
Deve –se buscar sempre a perfeição, mesmo em situações adversas e ambiente de recursos restritos, pois o homem não é mera peça de reposição de uma engrenagem do sistema chamado mergulho.
Finalmente, conclui-se que a Corporação Bombeiro Militar do Estado do Ceará realiza um trabalho de fundamental importância para a sociedade e vem melhorando o serviço prestado com inovações. Por todo isso que se deve rever os treinamentos, equipamentos e procedimentos para o gerenciamento eficaz e eficiente deste trabalho.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRACONY, Eduardo Paim. Manual do Mergulhador – Volume I, 1986. ed. EDIMIG
ALBERT, E. Manual Básico de Salvamento. Fortaleza-ce,1998
JÚNIOR, Haroldo Machado e SOUZA, Paulo José Barbosa. Manual Técnico
Profissional de Salvamento - Volume II, Distrito Federal. Brasília - DF, 1998.
CAMPANHOLE, Hilton Lobo. Consolidação das Leis do Trabalho. CLT NR-15. 72 ed. 1987.
NIETO, Cesar Corazza. Manual de Mergulho Autônomo. 2º ed.São Paulo: Copy Service Indústria Gráfica Ltda.
FUNDACENTRO, Curso de Supervisores de segurança do trabalho. 2º ed. 1983,
São Paulo:
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