PERFURAÇÃO DO TÍMPANO
O tímpano é uma membrana existente na profundidade do canal do ouvido com qualidades vibratórias especiais.
Como ocorre a perfuração do tímpano?
A ruptura do tímpano (perfuração) pode ser causada por uma pressão contra a membrana, exercida por um instrumento pontiagudo (cotonete, grampo, palito) ou pela pressão anormal de um jato de água ou de ar para dentro do canal do ouvido. Uma infecção no ouvido médio com acúmulo progressivo de secreção purulenta também pode causar ruptura da membrana timpânica.
O que se sente?
Há diminuição da audição e dor, podendo haver zumbido e sangramento pelo canal do ouvido.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da história do paciente e do exame da membrana timpânica com aparelhagem especial, o otoscópio e/ou microscópio. O grau de perda auditiva é avaliado pela audiometria.
Como se trata?
Uma perfuração pequena pode fechar em algumas semanas. Perfurações maiores podem necessitar cirurgia reconstrutiva do tímpano. Deve ser evitada qualquer entrada de água no ouvido; a proteção é feita com algodão embebido numa solução oleosa ou com tampões especiais.
A figura mostra o ouvido externo e tímpano; ouvido médio e tuba auditiva; ouvido interno.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Por que o tímpano perfurou?
O tímpano fecha sozinho ou precisa de cirurgia?
Por que não devo mergulhar tendo o tímpano perfurado?
Se eu usar os tampões protetores é garantido que meu ouvido estará protegido?
O que é otite externa aguda?
A otite externa aguda é uma infecção na pele do canal do ouvido causada por vários tipos de germes ou fungos. É caracterizada por uma severa e profunda dor de ouvido. A dor usualmente vem precedida ou acompanhada de coceira. Quando a infecção se torna crônica, ocorrem episódios agudos recorrentes, coceira irritante e descamações da pele do canal.
A otite externa aguda e crônica é um problema de ouvido tão comum entre os nadadores que é chamada também de "otite dos nadadores".
O que é otite média aguda?
A Otite média aguda é uma infecção no ouvido médio causada por bactérias e, eventualmente, por vírus. É mais comum em crianças. A infecção se faz pela migração do germe, presente na garganta ou no nariz, através da tuba auditiva.
Essa doença ocorre, na maioria das vezes, após gripe. É freqüente, também, através do contato com outras crianças portadoras de doenças infecciosas.
Os principais sintomas são dor e diminuição da audição. A dor costuma ser severa. Outros sintomas podem estar presentes: febre, inquietude, perda de apetite, secreção no ouvido (se houver perfuração timpânica); vômitos e diarréia podem ocorrer nas crianças pequenas.
Tumores do ouvido
As dores do ouvido causadas por tumores são bem menos freqüentes do que as dores causadas por infecções. Em caso de tumor, o paciente costuma sentir dor, diminuição da audição e com frequência, secreção no ouvido.
O médico faz o diagnóstico pela história do paciente, exame do ouvido e exame por imagens (tomografia computadorizada, ressonância magnética).
As dores de ouvido de causa não otológica são muito freqüentes. As mais comuns são as de origem dentária (cáries, molares inclusos, apicites paradentares) e as disfunções têmporo-mandibulares relacionados com ausência de elementos dentários, próteses dentárias mal adaptadas e má oclusão dentária.
Pacientes idosos com problema de coluna cervical (artrite) ou pacientes com história de traumatismo na coluna cervical costumam relatar dor atrás da orelha ou no mastóide.
Processos infecciosos e tumorais nas amígdalas, na faringe e na boca podem ser causa de dor no ouvido.
Processos malígnos nas vias aéreas, digestivas e base de crânio também podem causar otalgia.
As otalgias de causa não otológica ocorrem por causa da extensa ramificação de nervos importantes na região da cabeça, pescoço, tórax e aparelho digestivo. O impulso doloroso chega ao ouvido através dessas ramificações nervosas que fazem conexões entre o local da doença e o órgão da audição (dor refletida).
Quando o médico constata que a dor de ouvido não é de causa otológica, uma medida importante é solicitar exame buco-facial por dentista especializado. Exames por imagens (radiografia convencional, tomografia computadorizada, ressonância magnética) da base do crânio, vias aéreas e digestivas poderão ser necessárias.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Por que meu ouvido está doendo?
Posso ter dor de ouvido sem ter doença no ouvido?
A minha dor de ouvido pode causar surdez? Rebreathers - Distúrbios nos Ouvidos O problema mais comum relacionado com os ouvidos, no mergulho, é geralmente causado por uma limpeza errada, dos ouvidos, durante o descenso. O resultado pode ser um leve problema no tímpano, ou pode ser muito sério, com dano no ouvido médio e ruptura do tímpano, ou membrana menor similar, cobrindo a janela redonda, dentro dos ouvidos. O dano pode ocorrer ao se descer mais de 1,20 metros, com os ouvidos bloqueados, ou por uma limpeza dos ouvidos forçada, uma vez que os ouvidos estejam tampados. Estes problemas ocorrem com mais frequência em mergulhadores inexperientes, que também não conseguem suportar a forte tontura que este problema pode causar o que pode levar a problemas maiores. Os problemas de limpeza dos ouvidos são raros durante o ascenso, porque as Trompas de Eustáquio permitem que o gás saia facilmente. Ainda que raramente, pode haver uma saída desigual das cavidades do ouvido médio, durante o ascenso, resultando numa diferença de pressão entre os dois ouvidos médios e um estímulo desigual nos orgãos do equilíbrio. O mergulhador pode experimentar uma tontura, que passa após um ascenso. Já que a Trompa de Eustáquio abre e permite que as bôlhas de ar escapem. Caso o mergulhador atinja a superfície com uma pressão desigual entre as 2 cavidades do ouvido médio, a tontura irá persistir. A tontura, durante o ascenso, ou logo após o mergulho, pode também ser causada pela Doença Descompressiva, que é um grave acidente de mergulho SINTOMAS
As técnicas de limpeza dos ouvidos, sem forçar, imediatamente após o começo do descenso, evitam tais problemas. Os mergulhadores devem começar a equalizar os ouvidos logo no início da imersão, nunca forçando. Caso seja impossível equalizar, ascender um pouco e depois continuar o descenso. O uso de medicamento descongestionantes têm um benefício duvidosos. DAN MEDICAL GUIDE G.Y. Mebane, M.D. editor | |
Carlos Nelli Borges, é Master Scuba Instructor pela PADI, Instrutor de Rebreather pela TDI (E.1211.I) e Instrutor Trainer Rebreather pela RAB (BR-133-02/98), possindo mais de 1.200 mergulhos com rebreathers. Foi representante da Dräger no Brasil entre 1997 e 2000. Atualmente atua como instrutor na África do Sul. E-mail: rebreather@ig.com.br |